Este valor não apenas supera o recorde anterior, que pertencia à pintura “Jimson Weed/White Flower No. 1” de Georgia O’Keeffe, vendida por US$ 44,4 milhões (cerca de R$ 237,5 milhões) em 2014, como também reafirma o status de Frida Kahlo como uma das artistas mais valiosas do mundo. Além disso, a venda também bateu o recorde que a artista havia imposto anteriormente com sua obra “Diego y Yo”, que havia arrecadado US$ 34,9 milhões (aproximadamente R$ 186,7 milhões) em 2021.
A pintura em questão retrata Kahlo em um momento de descanso, enquanto um esqueleto sorridente, cercado por dinamite, repousa sobre o dossel de sua cama, evocando a complexidade de sua relação com a vida e a morte. Avaliada entre US$ 40 milhões e US$ 60 milhões antes do leilão, “El sueño (La cama)” é uma das poucas peças de Kahlo que encontraram caminho para fora do México, um aspecto significativo, dado que a produção da artista é considerada um patrimônio cultural nacional. No México, obras de Kahlo, tanto públicas quanto privadas, não podem ser comercializadas para o exterior.
A venda suscita debates entre especialistas sobre o impacto cultural e o destino da obra. A pintura, que foi exposta ao público pela última vez no final da década de 1990, é objeto de interesse para museus de Nova York, Londres e Bruxelas, que já solicitaram empréstimos da peça para futuras exposições. A preocupação sobre o potencial desaparecimento da obra do circuito de exposições ressalta a importância de Frida Kahlo não apenas como artista, mas também como ícone cultural. O novo proprietário ainda não foi identificado, o que levanta questionamentos sobre o futuro da obra e sua acessibilidade para o público em geral.









