Fraude Fiscal em Maceió: Operação Lignum Desmantela Esquema Milionário com Apreensão de Veículos, Armas e Documentos Falsificados

Na manhã desta quinta-feira, 4 de outubro, o Ministério Público do Estado de Alagoas desencadeou a Operação Lignum em Maceió, com o intuito de desmantelar uma organização criminosa envolvida em fraudes fiscais e lavagem de dinheiro. A ação resultou na apreensão de uma série de bens, incluindo veículos, motocicletas, uma arma registrada, além de documentos e equipamentos eletrônicos como computadores e celulares. A arma será submetida a uma investigação cautelar, uma vez que pertence ao principal suspeito da operação.

O Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf) liderou a operação, que visava desarticular um esquema que teria cometido fraudes que ultrapassam R$ 6,7 milhões em prejuízo aos cofres públicos. Durante a execução, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, sendo nove dirigidos a indivíduos e seis a empresas vinculadas ao comércio de madeiras.

As investigações revelaram a emissão de milhares de notas fiscais assinadas de forma ideologicamente falsa, realizadas por meio de seis empresas fictícias registradas no mesmo endereço. Essas empresas eram controladas por familiares e “laranjas”, enquanto o verdadeiro gestor permanecia oculto, o que permitia a continuidade do funcionamento sob o regime tributário do Simples Nacional, gerando uma redução indevida na carga tributária.

A documentação apreendida durante a operação inclui não apenas as notas fiscais fraudulentas, mas também comprovantes de pagamentos e listas de cobrança, evidenciando a estrutura criminosa. Segundo o promotor Cyro Blatter, que coordena o Gaesf, as fraudes impactaram significativamente a arrecadação estadual, além de prejudicarem empresas que atuam de maneira regular e legal.

A operação foi realizada em colaboração com diversos órgãos estaduais, entre eles a Secretaria da Fazenda, a Procuradoria-Geral do Estado, a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Polícia Científica e a Secretaria de Ressocialização. A Secretaria da Fazenda continua a apurar o valor exato dos danos causados, embasando as ações judiciais que já estão em curso contra os envolvidos.

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