O Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf) liderou a operação, que visava desarticular um esquema que teria cometido fraudes que ultrapassam R$ 6,7 milhões em prejuízo aos cofres públicos. Durante a execução, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, sendo nove dirigidos a indivíduos e seis a empresas vinculadas ao comércio de madeiras.
As investigações revelaram a emissão de milhares de notas fiscais assinadas de forma ideologicamente falsa, realizadas por meio de seis empresas fictícias registradas no mesmo endereço. Essas empresas eram controladas por familiares e “laranjas”, enquanto o verdadeiro gestor permanecia oculto, o que permitia a continuidade do funcionamento sob o regime tributário do Simples Nacional, gerando uma redução indevida na carga tributária.
A documentação apreendida durante a operação inclui não apenas as notas fiscais fraudulentas, mas também comprovantes de pagamentos e listas de cobrança, evidenciando a estrutura criminosa. Segundo o promotor Cyro Blatter, que coordena o Gaesf, as fraudes impactaram significativamente a arrecadação estadual, além de prejudicarem empresas que atuam de maneira regular e legal.
A operação foi realizada em colaboração com diversos órgãos estaduais, entre eles a Secretaria da Fazenda, a Procuradoria-Geral do Estado, a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Polícia Científica e a Secretaria de Ressocialização. A Secretaria da Fazenda continua a apurar o valor exato dos danos causados, embasando as ações judiciais que já estão em curso contra os envolvidos.