Francisco Dornelles, sobrinho de Tancredo, que já foi governador do Rio e ministro de FH, tem história marcante na política.



O Brasil se despede de Francisco Dornelles, um dos políticos mais emblemáticos do país, que faleceu nesta quarta-feira aos 88 anos. Dornelles deixou uma trajetória de décadas na política brasileira, desde o seu cargo como secretário da Receita Federal no governo de João Figueiredo, em 1979, até se tornar governador do Rio de Janeiro.

Ao longo de sua carreira política, Francisco Dornelles ocupou diversos cargos de destaque. Em 1985, assumiu brevemente o Ministério da Fazenda, indicado por Tancredo Neves. Embora não tenha chegado à Presidência, Dornelles já havia sido designado para o cargo. Além disso, ele foi ministro da Indústria, Comércio e Turismo durante o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, e posteriormente ocupou a pasta do Trabalho e do Emprego durante o segundo mandato do ex-presidente.

No Rio de Janeiro, Dornelles também teve uma carreira política bem-sucedida. Foi deputado federal constituinte e permaneceu na Câmara por cinco mandatos consecutivos, com passagens por diversos partidos. Já pelo PP, conquistou uma vaga no Senado em 2006, renunciando em 2014 após ser eleito vice-governador do estado na chapa de Luiz Fernando Pezão.

Em momentos de crise política e governamental, Dornelles também assumiu a posição de governador interino do Rio de Janeiro. Ele ocupou o cargo por sete meses em 2016, durante a licença médica de Pezão, e definitivamente em 2018, após a prisão do governante fluminense pela Operação Lava-Jato.

O legado político de Dornelles não se limitou apenas ao Rio de Janeiro. Nascido em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, ele era membro de uma família com uma vocação política marcante. Primo de segundo grau de Getúlio Vargas, sobrinho de Tancredo Neves e Castelo Branco, além de parente do ex-senador e governador do Rio Grande do Sul Ernesto Dornelles, a política estava em suas raízes.

A morte de Francisco Dornelles foi lamentada por diversos políticos brasileiros. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, ressaltou a importância do ex-governador como uma das figuras mais relevantes da política brasileira. Luiz Fernando Pezão, seu antigo companheiro de chapa, declarou ter perdido um amigo pessoal e um grande companheiro de vida política.

A repercussão também foi grande entre os ex-governadores do Rio de Janeiro, que destacaram a perda para o estado e para o Brasil. Dr. Luizinho, secretário de Saúde do Rio e deputado federal, afirmou que Dornelles foi o maior político da história do estado e um exemplo a ser seguido. Romário, senador pelo PL, prestou condolências à família, lembrando do legado político de Dornelles no Rio.

O deputado Fausto Pinato, vice-líder do PP na Câmara, complementou as homenagens, ressaltando a dedicação de Dornelles ao desenvolvimento do estado. A morte do político deixa uma lacuna na política brasileira, mas sua trajetória e seu legado permanecerão como referências para as gerações futuras.

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