A saída das tropas francesas do Senegal foi confirmada pelo portal Senego, que revelou que todos os militares do país europeu deverão deixar o território senegalês até o prazo estipulado. Bases estratégicas, como Marechal, Saint-Exupéry e Rear Admiral Prote, já foram entregues ao governo senegalês nesse processo de transição.
Nos últimos anos, a França tem enfrentado desafios em manter sua presença militar na região. Em 2022, as tropas francesas deixaram o Mali, onde estavam envolvidas na operação antiterrorista Barkhane desde 2014. No ano seguinte, Burkina Faso rescindiu um acordo de assistência militar de mais de seis décadas com a França, forçando a retirada das tropas francesas do país.
Em 2023, após mudanças políticas no Níger, o novo governo decidiu cancelar acordos militares com a França e retirou o embaixador francês do país. Essa movimentação resultou na retirada das tropas francesas da região. No início de 2024, a imprensa francesa informou sobre a retirada de contingentes militares de outros países africanos, como Gabão, Senegal e Costa do Marfim.
A França está passando por um reordenamento de suas estratégias de defesa e presença militar na África, o que reflete mudanças significativas em suas relações com as antigas colônias na região do Sahel. Esse movimento está sendo acompanhado de perto pela comunidade internacional e levanta questões sobre o papel da França na segurança e estabilidade do continente africano.