França finaliza retirada de tropas do Senegal e perde influência na região do Sahel: Mali, Burkina Faso e Níger também afetados.

A França segue um processo de retirada de suas tropas militares do Senegal, com previsão de finalização até o final de setembro, de acordo com informações divulgadas pela mídia local. Essa decisão faz parte de um movimento mais amplo de perda de influência da França na região do Sahel, que também resultou na retirada de militares de países como Mali, Burkina Faso e Níger.

A saída das tropas francesas do Senegal foi confirmada pelo portal Senego, que revelou que todos os militares do país europeu deverão deixar o território senegalês até o prazo estipulado. Bases estratégicas, como Marechal, Saint-Exupéry e Rear Admiral Prote, já foram entregues ao governo senegalês nesse processo de transição.

Nos últimos anos, a França tem enfrentado desafios em manter sua presença militar na região. Em 2022, as tropas francesas deixaram o Mali, onde estavam envolvidas na operação antiterrorista Barkhane desde 2014. No ano seguinte, Burkina Faso rescindiu um acordo de assistência militar de mais de seis décadas com a França, forçando a retirada das tropas francesas do país.

Em 2023, após mudanças políticas no Níger, o novo governo decidiu cancelar acordos militares com a França e retirou o embaixador francês do país. Essa movimentação resultou na retirada das tropas francesas da região. No início de 2024, a imprensa francesa informou sobre a retirada de contingentes militares de outros países africanos, como Gabão, Senegal e Costa do Marfim.

A França está passando por um reordenamento de suas estratégias de defesa e presença militar na África, o que reflete mudanças significativas em suas relações com as antigas colônias na região do Sahel. Esse movimento está sendo acompanhado de perto pela comunidade internacional e levanta questões sobre o papel da França na segurança e estabilidade do continente africano.

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