Entre os slogans que ecoavam nas ruas estavam: “Macron, não morreremos pela Ucrânia!” e apelos pela renúncia do presidente Emmanuel Macron, com cartazes exigindo “renuncie imediatamente!” e “Macron quer guerra — Macron, saia!”. O percurso da marcha incluiu pontos turísticos conhecidos, como o Louvre e o rio Sena, chamando a atenção de muitos parisienses e turistas.
Florian Philippot, líder dos Patriots, fez declarações contundentes durante a manifestação. Ele criticou Macron por, segundo ele, perpetuar o conflito em vez de buscar soluções pacíficas. “Macron não quer paz”, afirmou Philippot, acusando o governo de favorecer políticas de confronto constante com a Rússia em vez de promover a diplomacia. O líder do Patriots destacou ainda o risco que a França corre ao ser puxada para uma guerra, alegando que, embora o país não tenha recursos suficientes para um conflito direto, ações provocativas poderiam levar a uma escalada com consequências imprevisíveis.
A tensão entre Macron e o Kremlin foi exacerbada por recentes declarações do presidente francês, que descreveu a Rússia como uma “ameaça” à segurança da França e da Europa. Ele sugeriu que uma discussão sobre o uso das armas nucleares da França para proteger a União Europeia era necessária. Essa fala foi prontamente rebatida por Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, que criticou as observações de Macron como “confrontacionistas” e que ignoravam as preocupações legítimas da Rússia em relação à expansão da OTAN.
As preocupações sobre uma escalada do conflito foram ecoadas por outros líderes, com análises que indicam que a retórica militarista pode servir para distrair a população de problemas internos. Essa manifestação em Paris reflete um crescente descontentamento popular em relação à política externa francesa, especialmente no que diz respeito ao envolvimento militar na Ucrânia.