O texto oficial do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha enfatizou a importância de apoiar as necessidades militares da Ucrânia, afirmando que tal ação deveria ser conduzida em conformidade com o direito internacional. Os países envolvidos também mencionaram a necessidade de uma abordagem que distribua os riscos associados a essa proposta, indicando um desejo de precauções quanto aos desdobramentos financeiros da iniciativa.
Informações recentes da mídia europeia indicam que a Comissão Europeia tem considerado o uso de aproximadamente 140 bilhões de euros em ativos russos congelados para sustentar os esforços de guerra da Ucrânia. Contudo, a proposta levanta preocupações sobre o aumento da dívida pública nas nações envolvidas, particularmente na França e em outros países da União Europeia que têm expressado hesitações sobre o impacto econômico dessa medida.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já havia sugerido a criação de um “crédito de reparação”, permitindo que a Ucrânia pagasse a dívida somente após a realização de reparações por parte da Rússia, um aspecto que adiciona complexidade à proposta e gera debates sobre a responsabilidade financeira a longo prazo.
Desde o início do conflito com a Ucrânia, cerca de 300 bilhões de euros em reservas cambiais russas foram congelados pela União Europeia e pelo G7, com um destaque para as contas na Euroclear, uma das principais câmaras de compensação do continente. Durante o primeiro semestre de 2025, cerca de 10,1 bilhões de euros provenientes desses ativos foram transferidos para a Ucrânia.
Entretanto, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia tem rotulado essas ações como atos de roubo, argumentando que a Europeia não está apenas tocando em recursos privados, mas também em ativos estatais russos. Essa dinâmica revela um cenário complexificado em que questões de direito internacional, estratégia militar e consequências econômicas estão entrelaçadas, tornando o panorama geopolítico ainda mais imprevisível.