A falta de maioria absoluta do governo levou Bayrou a evitar a votação de confiança, seguindo os passos dos antecessores de Macron. Essa decisão, embora não obrigatória, é vista como um gesto de respeito aos parlamentares. A moção de censura foi assinada pelo número mínimo de deputados necessários, indicando que a oposição está unida e determinada a desafiar o governo.
Mesmo com o apoio dos verdes e parte dos socialistas, a moção de censura ainda não tem forças para ser aprovada. A posição dos socialistas liderados por Olivier Faure é crucial, já que eles exigem a revogação da reforma previdenciária. Bayrou, por sua vez, se mostrou disposto a revisar, mas não a revogar a reforma, o que pode gerar mais conflitos políticos.
A possibilidade de queda do governo preocupa a população francesa, que demonstra descontentamento com a situação política do país. A instabilidade política na França, com quatro primeiros-ministros em 2024, reflete a falta de consenso e a dificuldade de governabilidade. Uma nova queda do governo poderia levar a uma crise política e financeira, aumentando a pressão sobre o presidente Macron para renunciar.
A opinião pública francesa não parece confiante na capacidade do governo de trazer as mudanças necessárias. Uma nova pesquisa mostra que a maioria dos franceses é contra a dissolução do governo, mas também duvida que a atual composição traga os resultados esperados. A eventual renúncia de Macron em caso de destituição do governo de Bayrou mostra a fragilidade de seu governo e a insatisfação do povo francês com a situação política atual.