Fotógrafo é condenado a 13 anos de prisão por abusos sexuais contra crianças em Brasília; Justiça considera relatos coerentes e provas documentais como determinantes.

Fotógrafo é condenado a 13 anos por abusos sexuais contra crianças em Brasília

Na última semana, o fotógrafo Tomás Faquini, de Brasília, foi condenado a 13 anos e 2 meses de prisão devido a crimes graves de estupro de vulnerável e importunação sexual contra crianças de 7 a 14 anos. As denúncias surgiram como resultado de relatos detalhados feitos por várias crianças à Justiça, além de provas documentais que incluíam uma confissão pelo réu.

Os abusos ocorreram principalmente na chácara onde Faquini morava, localizada em São Sebastião, DF. Ele convidava as famílias dos menores para visitarem o local, conquistando a confiança dos pais antes de perpetrar seus atos de violência. As crianças relataram episódios horrendos, que incluíam toques inapropriados e forçado silêncio durante as “brincadeiras”. Segundo os depoimentos, Faquini se aproveitava da inocência dos pequenos, usando a amizade familiar como um disfarce.

O juiz que presidiu o caso destacou a coerência dos depoimentos apresentados pelas vítimas, considerando-os compatíveis com a dinâmica dos crimes. O magistrado deixou claro que não havia dúvida razoável sobre a autoria e a materialidade dos delitos, fazendo com que o processo transitasse em julgado, sem possibilidade de recurso.

Uma das vítimas, identificada apenas como Maria, relatou que, aos 12 anos, também sofreu abusos do fotógrafo. Ela explicou à imprensa que durante uma visita à chácara, Faquini simulou brincadeiras para tocar em partes íntimas dela, ignorando os pedidos de que parasse. O relato dela é um dos muitos que revelam o impacto devastador que esses crimes tiveram na vida das jovens.

Após os abusos, a própria mãe de uma das vítimas recebeu uma mensagem perturbadora de Faquini, onde ele reconhecia ter cometido um “erro criminoso” e pedia desculpas, alegando estar afogado em arrogância e ignorância. Essa confissão foi fundamental para as investigações, passando por perícia técnica que validou sua autenticidade.

Uma mãe de outra vítima destacou a importância da condenação, ressaltando os danos irreparáveis causados pelos abusos. Segundo ela, o trauma persiste por toda a vida e compromete o desenvolvimento das crianças e de suas famílias. A defesa de Faquini tentou alegar que as acusações eram resultado de uma armação, mas a Justiça não aceitou essa justificativa, considerando as provas apresentadas irrefutáveis.

Juízes envolvidos no caso também refletiram sobre a tendência das vítimas de demorarem para relatar abusos, afirmando que isso é comum entre crianças que vivenciam esse tipo de trauma, muitas vezes marcadas por medo e vergonha. É um cenário angustiante e complexo que exige atenção e compromisso de toda a sociedade para que crimes dessa natureza sejam severamente punidos, oferecendo não apenas justiça, mas também uma oportunidade de cura para as vítimas.

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