Intitulada “Shouder to lean on” (traduzido como “Ombro amigo”), a fotografia captura um momento comovente de Damião Carlos da Silva, um morador que se viu compelido a deixar a casa em que viveu por mais de duas décadas. O solo sob seus pés cedeu às margens da lagoa Mundaú, e na imagem, ele é visto com um pequeno pintinho de estimação apoiado em seu ombro. O retrato, que exala afeto e resiliência, ilustra o impacto devastador de um desastre ambiental que afetou não apenas a infraestrutura, mas também a vida e a conexão emocional dos moradores.
Maíra compartilhou sua satisfação ao ver seu trabalho ganhar reconhecimento internacional, enfatizando a importância de dar visibilidade a uma história que, apesar de regional, possui repercussões significativas na vida de muitos. “Fiquei muito feliz de ter minha foto selecionada, pois é dar um alcance mundial a uma história regional importante, que teve consequências na vida de muita gente”, declarou a fotojornalista.
Além dela, outros dois brasileiros também foram destaque na seleção da National Geographic: os paulistanos Lalo de Almeida e Fernando Faciole. Este reconhecimento reafirma a relevância e a força da fotografia documental brasileira no cenário mundial.
Na divulgação feita pela revista, as imagens escolhidas foram elogiadas por sua capacidade de inspirar e testemunhar o mundo em transformação. Com uma seleção que conta com obras de fotógrafos de mais de 20 países, a National Geographic procura traçar e refletir sobre as mudanças que moldam nosso planeta e as histórias que merecem ser contadas.
Com isso, o trabalho de Maíra Erlich não é apenas uma contribuição para a fotografia, mas também uma chamada à atenção sobre questões que afetam comunidades inteiras, ressaltando o poder da imagem como veículo de mudança e conscientização social.
