As jovens, com as mãos levantadas e os olhos voltados para o céu, fazem um gesto que sugere oração. A legenda da publicação traz uma súplica: “Deus cuida deles aí dentro, Senhor, protege eles e não deixa a força deles acabar”. Kamylinha reforça a inocência de Hytalo e Euro, afirmando que eles “nunca fizeram mal algum” à sua família e garantindo que continuará lutando em defesa de ambos, encerrando o texto com um lamento por um Natal distante e uma mensagem de confiança nos “planos de Deus”.
Kamylinha Santos, com apenas 18 anos, emergiu como uma figura proeminente do chamado “grupo do Hytalo”. Ela se uniu ao influenciador paraibano quando tinha apenas 12 anos, conquistando rapidamente uma enorme base de fãs. Antes de ter seu perfil bloqueado por ordem judicial, Kamylinha acumulou cerca de 11 milhões de seguidores, número que atualmente se encontra em torno de 3,2 milhões após seu retorno às redes sociais.
A trajetória da jovem é marcada por controvérsias, incluindo sua emancipação aos 16 anos e a realização de cirurgias estéticas, como implantes de silicone. Em maio deste ano, Kamylinha anunciou uma gravidez, seguida de um aborto espontâneo, momentos que ocorreram paralelamente ao avanço das investigações contra Hytalo.
Ao completar 18 anos em setembro, a influenciadora comemorou seu aniversário de forma discreta, contrastando com a exuberância de festas dos anos anteriores. Um vídeo compartilhado por sua mãe, Francisca Maria, mostra Kamylinha sendo acordada em um ambiente simples, destacando um semblante abatido.
O caso envolvendo Hytalo Santos ganhou notoriedade nacional quando o youtuber Felipe Bressanim, conhecido como Felca, publicou um vídeo abordando a “adultização” de crianças e adolescentes por meio de conteúdos do influenciador. A viralização do vídeo provocou a mobilização de parlamentares sobre a necessidade de novas legislações para proteger jovens na internet.
Uma semana após a repercussão, efetivos policiais cumpriram um mandado em um condomínio de luxo em João Pessoa, onde Hytalo residia. A Justiça determinou então o bloqueio de suas contas nas redes sociais e a proibição da recebimento de compensações financeiras pelos conteúdos publicados.
Hytalo e seu parceiro, Israel Nata Vicente, foram presos preventivamente em agosto em Carapicuíba, São Paulo. Apesar de pedidos de liberdade, o Tribunal de Justiça da Paraíba negou a solicitação. Além disso, a Justiça do Trabalho determinou o bloqueio de bens e valores que ultrapassam R$ 20 milhões. Ambos foram transferidos para o presídio do Roger, em João Pessoa, em 28 de agosto. A saga envolvendo Hytalo Santos e Kamylinha Santos continua a ser um tema de grande interesse público, gerando discussões sobre a responsabilidade de influenciadores e a proteção de jovens nas redes sociais.
