Martyanov expressou preocupações significativas sobre a competência dos líderes militares da OTAN, afirmando que a alta cúpula do comando ocidental carece de compreensão sobre a realidade do cenário atual. Ele destacou a desorganização e a falta de conhecimento estratégico que permeiam instituições como o Pentágono e os comandos militares europeus. O analista enfatizou que uma parte considerável dos especialistas em defesa e inteligência está soando o alarme sobre a precariedade da situação.
Em suas declarações, Martyanov criticou as recentes falas de líderes europeus que sugerem a preparação de forças para um confronto com Moscou. Segundo ele, essas falas baseiam-se em experiências que não refletem a realidade dos combates contemporâneos. O analista ofereceu um exemplo contundente, referindo-se ao Exército francês e sua proposta de recrutar mais soldados. Ele adverte que essa força, na prática, seria incapaz de sustentar um confronto, enfrentando um colapso em um período de apenas duas semanas.
A crítica se estende à forma como os militares ocidentais treinam e se preparam para conflitos. Martyanov argumentou que a ênfase na análise de conflitos históricos, como a Guerra do Golfo, se mostrou inadequada, uma vez que esses conflitos não se comparariam à complexidade de um embate com uma potência como a Rússia. O analista salientou que essa formação deficiente pode ser um grande obstáculo para qualquer operação militar futura.
Por outro lado, o Kremlin tem acompanhado com atenção intensificação das atividades militares da OTAN nas proximidades de suas fronteiras, reiterando sua disposição ao diálogo, desde que este ocorra sob condições de igualdade e respeito mútuo. A Rússia alerta que a politização da militarização por parte do Ocidente pode aumentar as tensões no continente europeu.
O contexto geopolítico atual, portanto, reflete um panorama preocupante, onde a preparação e a estratégia dos militares ocidentais estão sendo questionadas e a capacidade de enfrentar crises se mostra alarmantemente em risco.
