Foliões protestam em endereço de acusado de matar Rubens Paiva no Rio de Janeiro e geram repercussão nas redes sociais.

Nesta terça-feira (5/3), foliões do bloco Orquestra Voadora protagonizaram um protesto em frente a um endereço associado ao ex-general José Antônio Belham, localizado no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Os participantes entoaram o coro “sem anistia”, em referência ao período da ditadura militar no Brasil. A cena foi registrada em vídeos que rapidamente se espalharam pelas redes sociais, gerando repercussão e debates sobre o passado autoritário do país.

Os parlamentares Chico Alencar (PSOL-RJ) e Talíria Petrone (PSOL-RJ) se manifestaram sobre o episódio. Alencar compartilhou as imagens em suas redes sociais, destacando a importância de manter viva a memória das vítimas da ditadura. Já Petrone divulgou um registro do protesto feito em outro ângulo, chamando a atenção para o fato de Belham viver tranquilamente no Flamengo e receber um salário mensal superior a 30 mil reais do Estado brasileiro.

Ex-general reformado do Exército Brasileiro, Belham foi responsável por comandar o DOI-Codi do 1º Exército no Rio de Janeiro durante parte do período da ditadura, entre novembro de 1970 e maio de 1971. Sua presença no bairro do Flamengo despertou a indignação dos foliões e motivou o protesto em repúdio a crimes cometidos durante o regime militar.

A ação dos manifestantes reflete a importância de se manter a memória e a reflexão sobre os acontecimentos históricos do Brasil, especialmente no contexto atual de retrocessos e ameaças às conquistas democráticas. O protesto dos foliões do Orquestra Voadora chama a atenção para a necessidade de justiça e reparação em relação às vítimas da ditadura, além de destacar a importância da manutenção dos valores democráticos e do respeito aos direitos humanos.

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