Composta por uma frota de 18 embarcações que se uniram na costa da Sicília, na Itália, a flotilha somou mais 24 barcos provenientes da Tunísia, e ao longo do caminho encontrará outras seis embarcações na Grécia, totalizando 48. “Zarpamos, e desta vez não vamos parar”, declarou Maria Elena Delia, porta-voz do projeto, em um entusiástico discurso proferido em Portopalo di Capo Passero, de onde o comboio partiu.
Embora alguns barcos tenham tentado iniciar a viagem na semana anterior, a falta de condições adequadas forçou uma interrupção temporária. Delia enfatizou a importância da missão, dizendo que a flotilha busca transmitir uma mensagem humanitária e política crucial.
O grupo é composto por cerca de 600 ativistas de mais de 40 nacionalidades, incluindo figuras notórias como a ambientalista sueca Greta Thunberg, que deixou o comitê diretor da flotilha, além de representantes do Brasil e de políticos de diversos países europeus. A viagem simboliza um esforço conjunto para abordar a crise humanitária na região, marcada por uma grave escassez de alimentos que afeta toda a população da Faixa de Gaza, onde o sofrimento tem se intensificado.
Em declarações emocionadas, o deputado italiano Arturo Scotto e a eurodeputada Annalisa Corrado, ambos do Partido Democrático, expressaram sua determinação ao afirmar que a experiência seria desafiadora, mas que a flotilha se manteria firme em seus propósitos. Essa é uma resposta direta aos frequentes bloqueios e interceptações por parte de Israel, que, nos últimos meses, têm violentamente detido e deportado tripulantes de embarcações humanitárias.
Por fim, a missão da Flotilha Global Sumud não apenas reflete a vontade de levar ajuda àqueles que mais precisam na Faixa de Gaza, mas também destaca a resiliência de um movimento global em defesa dos direitos humanos. A jornada promete ser uma luta contínua e persistente por dignidade e assistência àqueles que enfrentam adversidades imensas.