Durante sua fala, Flávio ressaltou que a decisão sobre a prisão foi elaborada no dia 21 de outubro, mas só foi divulgada no dia seguinte, o que, segundo ele, alimenta uma série de coincidências relacionadas ao número 22. Este número, além de ser o do partido de Jair Bolsonaro, também é associado a diversos aspectos do contexto em que o PL questionou a eficácia das urnas eletrônicas em 2022, resultando em uma multa de R$ 22 milhões imposta à legenda. Para o senador, essas coincidências numéricas não são meros acasos, mas indícios de que a medida tomada contra seu pai teria motivações que vão além do jurídico, insinuando uma interpretação mais simbólica e política.
Além de Flávio, outros aliados do ex-presidente também se manifestaram. O deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara dos Deputados, comentou sobre a escolha do dia 22 e a considerou uma demonstração de “psicopatia” por parte do ministro. Ele argumentou que prender Jair Bolsonaro sem evidências concretas de crimes constituiu “a maior injustiça da história”, reforçando a narrativa de que movimentos contra o ex-presidente são parte de um jogo político mais amplo.
Esse debate acirrado sobre a legalidade e a moralidade da prisão preventiva de Bolsonaro revela um clima tenso nas relações institucionais do Brasil, onde questões de simbolismo e interpretação política ganham destaque em meio a um cenário de polarização. A situação ainda promete desdobramentos, tanto no âmbito jurídico quanto nas discussões públicas, que terão reflexos diretos nas próximas ações políticas do país.
