No dia 18 de agosto, Jair Bolsonaro passou a usar uma tornozeleira eletrônica, uma das imposições decorrentes de uma operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal (PF). Além do uso do dispositivo que controla sua localização, o ex-presidente foi proibido de utilizar redes sociais e de se comunicar com o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, uma medida que acendeu novas polêmicas no cenário político.
Flávio Bolsonaro não hesitou em expressar apoio ao pai. “Vamos vencer todas essas covardias, pai. Não se preocupe. A verdade e a verdadeira Justiça estão do nosso lado”, afirmou o senador em sua publicação. Essa declaração ecoa o sentimento de muitas lideranças e apoiadores da administração anterior, que veem as ações do STF como um cerceamento da liberdade de expressão e uma violação dos direitos políticos.
A situação se complica ainda mais com a participação de Eduardo Bolsonaro na trama. O ministro Moraes, em uma análise de ações realizadas pelo deputado licenciado, concluiu que Eduardo intensificou comportamentos ilícitos após a ação policial. A decisão implicou que as postagens e declarações do parlamentar seriam incluídas no Inquérito 4.995, que investiga a tentativa de obstrução da Justiça e as movimentações de Eduardo relacionadas a uma suposta intenção de desestabilizar o Estado após as eleições de 2022.
Moraes argumentou que, após as diligências da PF, as condutas do filho do ex-presidente se agravaram, manifestando-se em ataques diretos ao STF e na viralização de conteúdos controversos nas redes sociais. O desdobramento deste caso tem potencial para acirrar ainda mais os ânimos entre os apoiadores e os críticos dos Bolsonaros, destacando um embate que promete seguir em evidência no cenário político nacional.