Entre os presos estão os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do general da reserva Mario Fernandes, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro. O agente da PF detido, Wladimir Matos Soares, teria fornecido informações sobre a segurança de Lula aos conspiradores.
O ministro Alexandre de Moraes, responsável por autorizar as prisões, destacou a gravidade do plano que contava com o apoio de altos escalões militares, incluindo generais como Braga Netto e Augusto Heleno. Segundo as investigações, havia a intenção de estabelecer um gabinete de crise que assumiria o controle do governo após os assassinatos planejados.
As reações políticas foram veementes. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, manifestou sua preocupação com a existência de um plano tão nefasto, afirmando que ações contra a democracia não têm espaço no Brasil. Do mesmo modo, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, condenou a radicalização de setores da extrema-direita, vinculando esse tipo de violência ao estímulo à desestabilização democrática.
Por outro lado, a oposição, representada por figuras como Bia Kicis e Carla Zambelli, alegou que as prisões foram um ato de perseguição política e se dizem contra a legalidade do processo. Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, por sua vez, minimizou a gravidade das intenções dos detidos, afirmando que planejar um crime não é crime em si. Essa declaração provocou um intenso debate sobre a interpretação da legislação brasileira.
A situação revela um cenário tenso no Brasil, marcado por divisões profundas e questões cruciais sobre a governança e a proteção da democracia.