Essas manifestações, programadas para acontecer em várias capitais do Brasil, serão marcadas por apresentações de artistas renomados, como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque. A participação desses ícones da música nacional é considerada fundamental para mobilizar a população em defesa da democracia e para se opor ao avanço das propostas que tramitam no legislativo.
Flávio Bolsonaro usou a oportunidade para questionar a coerência de alguns dos músicos, indagando se, em algum momento, haveria “um ato socialista de divisão de riquezas”, sugerindo que esses ativismos podem ser apenas teóricos. O senador parece buscar deslegitimar os protestos, fazendo uma associação infundada entre a atuação dos artistas e o uso de recursos públicos, especialmente no que diz respeito ao financiamento cultural por meio da Lei Rouanet.
Por outro lado, o cantor Caetano Veloso fez um apelo nas redes sociais para que a população se mobilizasse. Ele salientou a importância de manifestar publicamente a insatisfação, evocando memórias de protestos passados em frente ao Congresso, e reafirmou que o povo “não admite” as medidas propostas que visam perdoar crimes cometidos durante os tumultos de 8 de janeiro de 2023 e que limitam a investigação de parlamentares sem a autorização da casa legislativa.
Essas controvérsias exemplificam o acirramento do debate político no Brasil, onde a questão da anistia e a blindagem de parlamentares se tornaram temas centrais de dissenso, levando artistas e a sociedade civil a se mobilizarem fortemente.