Flávio Bolsonaro ataca Alexandre de Moraes durante votação da “PEC da Blindagem” e defende imunidade parlamentar como resposta a abusos de autoridade.

Na sessão plenária desta quarta-feira (24), o senador Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro, não mediu palavras ao direcionar críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, durante a votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 3/2021, também conhecida como “PEC da Blindagem”. Com um discurso cheio de fervor, o senador se posicionou de forma veemente a favor da proposta, que busca fortalecer a imunidade parlamentar.

Flávio Bolsonaro defendeu a legitimidade da discussão em torno da PEC, desqualificando as acusações de que tais debates seriam um “crime de lesa-pátria”. Ele argumentou que essa visão distorce a realidade e tenta silenciar vozes críticas dentro do processo legislativo. Para reforçar seu ponto, fez uma alusão ao irmão, o deputado Eduardo Bolsonaro, que no passado denunciou, fora do país, os supostos abusos de autoridade perpetrados por Moraes. Segundo o senador, a resposta do ministro, ao invés de investigar as alegações, foi instaurar um inquérito, invertendo o papel do denunciante e do denunciado.

Esta ‘inversão de papéis’, conforme Flávio, revela uma distorção alarmante no sistema judiciário brasileiro, onde aqueles que se manifestam contra abusos de poder estão sendo alvo de investigações, enquanto os envolvidos nas denúncias permanecem em posições de autoridade. O senador enfatizou a necessidade urgente de reavaliar essa dinâmica, alertando para os riscos que a falta de liberdade de expressão e a intolerância a críticas representam para a democracia.

Ademais, ao abordar a PEC, Flávio ressaltou que os parlamentares devem ter proteção para desempenhar suas funções sem o temor de represálias. Em sua visão, essa proposta é fundamental para garantir a atuação independente dos legisladores, promovendo um ambiente em que a liberdade de debate e a crítica ao poder destoam da ideia de crime. Com sua fala, Flávio Bolsonaroulhou não apenas a importância da imunidade parlamentar, mas também a necessidade de um debate mais aberto e menos punitivo entre os poderes da República.

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