Fla sofre pressão de todos os lados para encarar o Internacional

O Flamengo atual se acostumou a protagonizar roteiros de crise em que o time não tem do que reclamar de falta de estrutura ou pagamentos. Ficou marcado por dar menos do que o esperado mesmo com o crescente investimento do clube. Este foi o tom da reunião de dirigentes com o elenco antes do jogo de hoje, contra o Internacional, às 21h45. A retomada no Campeonato Brasileiro após a eliminação na Libertadores tem no confronto direto com o vice-líder uma ocasião perfeita. E a mobilização no Ninho do Urubu para isso foi total. O desejo de todos é ajudar o técnico Maurício Barbieri a seguir o bom trabalho que tem sido feito, mesmo abalado pelos resultados.

A diretoria entende que não há justificativas possíveis dos jogadores que expliquem a queda. E que ela não se deve à falta de dedicação ou vontade, apenas. Na avaliação do clube, é nítido que a maioria do elenco quer conquistar os títulos que está devendo. Mesmo com alguns insatisfeitos com a falta de oportunidades. O recado é claro: o grupo está devendo. E o problema é de todos, do presidente ao ponta esquerda.

O presidente Bandeira de Mello foi ao CT participar do encontro ao lado do vice Ricardo Lomba e dos diretores Bruno Spindel, CEO, e Carlos Noval, do futebol.

Os líderes do elenco assumiram a parcela de responsabilidade dos jogadores. Enquanto a comissão técnica busca alternativas de jogo para deixar o Flamengo com outra cara em campo. Barbieri mantém a rotina de chegar cedo no Centro de Treinamento e se reunir com analistas para avaliar adversários. O comportamento agrada a diretoria, que segue apostando no jovem, revela o Extra.

Sobre o elenco, a cobrança ganhou mais peso desta vez. O entendimento é que os jogadores precisam ir além do discurso de que não estão acomodados. O clube fornece todas as condições e cuidados mesmo em meio a uma maratona de jogos. E quer retorno.

“Não pode enfiar a cabeça embaixo da terra igual avestruz. Tem que botar a cara”, ponderou um membro do departamento de futebol.

“Não é só vontade. Tem que saber onde falta o esforço, onde precisa melhorar. É manter o que está fazendo e mais alguma coisa”, acrescentou outro interlocutor.

Todos concordam que não há como colocar a responsabilidade apenas sobre o treinador, e que o elenco precisa ser chamado a atenção para que a temporada não seja desperdiçada. Foi o que aconteceu antes do treino de ontem. Diferentemente de outros anos, o discurso não convence mais por não brigar para não cair.

“Esse ano não tem alívio por chegar em segundo”, resume outra fonte. É pressão de todos os lados.

05/09/2018

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