Entre as irregularidades detectadas, destacou-se a ausência de um alvará sanitário e da presença de um responsável técnico, que deve ser um médico-veterinário qualificado, conforme as exigências para locais que prestam serviços de atendimento a animais. Além disso, a fiscalização revelou que o abrigo não possuía contrato com uma empresa especializada para o manejo e destinação de resíduos sólidos, o que contraria a legislação ambiental e expõe a ausência de garantias para o descarte apropriado de materiais contaminados e insumos cirúrgicos.
A situação dos animais também gerou preocupações significativas, já que foram encontrados medicamentos com datas de validade expirada, indicando um potencial risco à saúde dos bichos acolhidos. Muitos cães apresentavam condições clínicas suspeitas, incluindo sinais de sarna e verminoses, o que acirrou ainda mais o alerta das autoridades.
Airton Santos, chefe especial da Visa, enfatizou a gravidade da situação. De acordo com ele, o abrigo será obrigado a se adaptar às normas sanitárias em um prazo de cinco dias sob pena de não poder operar. “Com essas irregularidades, o estabelecimento não pode funcionar, pois há risco à saúde dos animais, dos funcionários e da população que frequenta o local. Nosso compromisso é fiscalizar para promover saúde sanitária”, afirmou Santos.
A ação sublinha a importância da fiscalização efetiva dos estabelecimentos que lidam com animais, visando não apenas o bem-estar dos pets, mas também a proteção da saúde pública. A sociedade aguarda mais informações sobre as ações que serão tomadas para assegurar a regularização do abrigo e a saúde dos animais sob sua responsabilidade.