De acordo com o secretário municipal de Engenharia de Trânsito (SET), Tarcisio Abreu, os equipamentos funcionam em três turnos de operação, com 10 agentes por período, acompanhando diretamente infrações como avanço de sinal, uso de celular ao volante, ausência de cinto de segurança e excesso de velocidade. Todas as imagens geradas pelos radares serão capturadas e analisadas na nova central.
A retomada da fiscalização abrange 604 faixas de tráfego na cidade, com a instalação progressiva de 300 equipamentos de monitoramento e 100 câmeras com visão de 360 graus, visando ampliar a cobertura das vias. O prefeito Sandro Mabel destacou que os novos radares terão um papel importante não apenas na autuação de infrações de trânsito, mas também na segurança pública, identificando veículos roubados, clonados ou com pendências como IPVA atrasado.
A cidade de Goiânia estava sem fiscalização eletrônica por radares desde julho de 2024, quando a empresa Eliseu Kopp rompeu unilateralmente o contrato de gestão de serviços devido a falta de pagamentos da gestão anterior. Após irregularidades encontradas pelo Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) em um processo de licitação, a cidade foi dividida em duas áreas para a realização da fiscalização, com contratos assinados pela nova gestão no mês passado.
Pontos de testes para os novos radares já estão em funcionamento em algumas áreas da cidade, como Setor Bueno, Setor Marista, Setor Oeste, Setor Leste Universitário, Jardim Guanabara e Parque Amazônia. A licitação para a implementação dos radares foi dividida em três lotes, sendo a região sul gerida pelo Consórcio Anhanguera, a região norte pelo Consórcio Fiscaliza Gyn e a criação do Centro de Controle Operacional (CCO) também de responsabilidade do Consórcio Anhanguera.
Com a retomada da fiscalização eletrônica, espera-se uma melhoria na segurança viária e uma redução dos índices de infrações no trânsito da capital goiana.