O levantamento apontou casos em que apenas dois agentes comunitários de saúde estão responsáveis por até 4 mil cidadãos, quando o Ministério da Saúde recomenda que cada equipe seja responsável por um número entre 2 mil e 3,5 mil pessoas. Além disso, foi constatado que a Secretaria de Saúde não possui uma reserva técnica de profissionais, o que pode gerar problemas na substituição de servidores ausentes.
Outra questão alarmante destacada pela fiscalização é a demora no acesso aos serviços de saúde. Segundo o TCDF, a espera para a realização de exames pode chegar a quatro meses no Distrito Federal. A pesquisa realizada com usuários das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) revelou que 76% dos pacientes adultos enfrentam dificuldades no atendimento e 72% dos pais afirmaram que é difícil marcar consultas para crianças.
O TCDF também apontou que aproximadamente 35% da população não possui cadastro nas equipes de saúde da família, colocando o Distrito Federal como a quinta pior cobertura do país nesse aspecto. A Região Leste se destacou como a mais carente, com falta de serviços como coleta laboratorial, atendimento odontológico e sala de vacinação em diversas unidades.
Para tentar solucionar parte desses problemas, o Governo do Distrito Federal nomeou centenas de profissionais da saúde para reforçar as unidades, incluindo médicos, técnicos em enfermagem, enfermeiros e médicos do trabalho. Essas medidas visam atenuar as deficiências encontradas nas estruturas de atenção primária à saúde e melhorar o acesso e a qualidade dos serviços oferecidos à população.
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