Dificuldade em obter crédito, restrições para financiamentos, barreiras para abrir conta em banco e impactos emocionais significativos. Esses são alguns dos efeitos mais comuns enfrentados por quem está com o nome negativado nos birôs de proteção ao crédito, como Serasa, SPC e Boa Vista SCPC. No entanto, uma dúvida recorrente entre brasileiros que enfrentam inadimplência é se o chamado “nome sujo” pode ser um obstáculo na busca por estabilidade por meio do serviço público.
Segundo matéria publicada pela Crediativos, a resposta é: na maioria dos casos, não. A Constituição Federal garante o direito de qualquer cidadão prestar concurso público, desde que cumpra os requisitos do edital. E a negativação do CPF não figura entre os critérios de impedimento. Portanto, mesmo inadimplente, o candidato tem assegurado o direito de fazer a prova e, se aprovado, ser nomeado.
Entretanto, o alerta vai para cargos específicos, sobretudo aqueles que envolvem responsabilidades financeiras ou exigem elevado grau de confiança, como postos em órgãos como Receita Federal, Banco Central, bancos públicos e carreiras policiais. Nesses casos, pode haver investigação social e análise de idoneidade moral e financeira, e o histórico de dívidas pode ser levado em consideração como fator negativo, embora não sirva como impedimento automático.
O conteúdo esclarece também que estar com o nome sujo — situação que ocorre quando há inadimplência de 30 a 90 dias e o CPF é incluído nos cadastros de proteção ao crédito — traz impactos além do financeiro. Estresse, ansiedade e sentimento de frustração por sonhos adiados são comuns entre os endividados.
Mesmo diante das dificuldades, a recomendação é que quem esteja com pendências financeiras e deseje ingressar no serviço público mantenha o foco nos estudos, regularize a situação quando possível e se informe bem sobre os critérios específicos de cada cargo.