De acordo com estimativas do Ministério das Cidades, cerca de 60 mil famílias de renda baixa seriam beneficiadas anualmente por essa medida. No entanto, os números apresentados até o momento são bem abaixo do esperado. De abril até agora, a Caixa registrou apenas 376 contratos nessa nova modalidade, totalizando R$ 3,7 milhões em empréstimos. Esse montante é considerado ínfimo se comparado ao volume de operações na faixa 1 do Minha Casa Minha Vida, que atingiu 124,7 mil contratos e movimentou R$ 20,9 bilhões neste ano.
A vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, destacou que esse desempenho aquém do esperado motivou o início de uma pesquisa interna para entender os motivos que estão impedindo o crescimento dessa nova modalidade. Segundo Inês, pode ser que as pessoas não tenham compreendido bem como o “FGTS Futuro” funciona e que os agentes responsáveis pela venda não tenham conseguido explicar adequadamente.
Um dos fatores que podem ter contribuído para a baixa adesão é o risco embutido nessa modalidade. Caso o trabalhador perca o vínculo empregatício, ele pode ter que arcar com parcelas maiores do que o inicialmente previsto, o que pode comprometer o orçamento doméstico.
Diante desse cenário, a Caixa deverá rever sua estratégia de comunicação e esclarecimento sobre o “FGTS Futuro” para tentar conquistar a confiança dos potenciais beneficiários. Espera-se que nos próximos meses haja um aumento significativo na procura por essa nova modalidade de financiamento, abrindo oportunidades para mais famílias de baixa renda adquirirem suas tão sonhadas moradias.