Durante a troca de comando, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância do rodízio de liderança entre os membros do bloco. O grande legado da presidência brasileira foi a criação da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, iniciativa idealizada por Lula e lançada formalmente durante o evento. Mais de 82 países e diversas entidades internacionais aderiram à aliança, incluindo a Argentina, mesmo tendo um espectro político oposto ao de Lula.
No decorrer da cúpula, Lula não poupou críticas à Organização das Nações Unidas (ONU), cobrando maior inclusão dos países do Sul Global, em especial da América Latina e África. Essa união entre os países do Sul foi ressaltada no discurso de transmissão de comando para o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa.
As prioridades da presidência brasileira no G20 foram destacadas no documento final do evento, com ênfase no combate à fome, reformulação da governança global e taxação de super-ricos. O Conselho de Segurança da ONU foi alvo de discussão, com propostas de reforma para representar melhor países de regiões desfavorecidas, como África e América Latina.
A presidência brasileira também conseguiu incluir no comunicado final a questão da taxação de grandes patrimônios, embora tenha enfrentado resistência do governo argentino. Com o encerramento do G20, a África do Sul assume a liderança do grupo, prometendo dar continuidade ao legado brasileiro e enfatizando o crescimento econômico inclusivo, segurança alimentar e a inteligência artificial como prioridades. Cyril Ramaphosa afirmou que trará as demandas do continente africano e do Sul Global para a agenda do G20.