Em um ato de coragem e desespero, a jovem declarou para a imprensa local que se sentiu no direito de queimar os móveis e pertences da casa após saber da morte da mãe. Em suas palavras, “o que ele fez com a minha mãe, não se faz. Hoje ela está aqui no IML, está morta. E ele está vivo. Em um momento de revolta, eu fui lá. Invadi a casa e toquei fogo, porque os móveis que estavam lá eram da minha mãe e não dele. Do mesmo jeito que ele botou fogo nela, eu botei nas coisas que estavam lá”.
Ainda em sua declaração, a jovem ressaltou que seu objetivo não era prejudicar o irmão do agressor, mas sim destruir aquilo que a mãe tanto amava. O crime que culminou na morte de Claudiane aconteceu no dia 1º de março, na residência do casal, no bairro do Antares, em Maceió. As queimaduras apresentadas pela vítima eram graves, comprometendo cerca de 70% de seu corpo. O suspeito foi preso dias depois após se entregar à polícia.
Esse caso serve como mais um alerta para a necessidade de combater a violência doméstica e as agressões contra mulheres. A atitude da filha, embora ilegal, reflete a dor e a indignação de tantas vítimas que sofrem caladas diante do abuso e da crueldade. Que a justiça seja feita e que mais vidas sejam preservadas diante de tamanho sofrimento.