A decisão de anular o processo, que aconteceu quase 40 anos após os acontecimentos, gerou grande repercussão e polêmica, especialmente por se tratar de um profissional conhecido e respeitado no mundo do futebol. A defesa contratada por Cuca argumentou que ele fora julgado à revelia, sem representação legal, e que houve problemas na comunicação entre o advogado de defesa e o então jogador do Grêmio.
A anulação do processo foi motivo de comemoração por parte da família de Cuca, que publicou um texto nas redes sociais celebrando o desfecho positivo do caso. A defesa do treinador conseguiu reunir novos elementos para provar sua inocência e, apesar de inicialmente ter entrado com um pedido de abertura de novo processo, a Justiça da Suíça acabou acatando a prescrição do crime e sugerindo a anulação da pena, o que foi confirmado pela juíza no último dia 28.
“Estou aliviado com o resultado e convicto de que os últimos 8 meses, mesmo tendo sido emocionalmente difíceis, aconteceram no tempo certo e de Deus”, afirmou Cuca através de sua assessoria de imprensa ao comentar a decisão.
Após a anulação do processo, Cuca receberá uma indenização de 9,5 mil francos suíços. É importante frisar que a anulação do processo vale apenas para o treinador, e não para os outros condenados junto a ele, que foram considerados culpados após o envolvimento em um episódio durante uma excursão pela Europa, em um hotel em Berna.
A decisão de anular o processo e a declaração de apoio de sua filha trouxeram alívio para Cuca e sua família, que agora podem seguir em frente sem a sombra do caso que gerou tanta controvérsia quase quatro décadas após os acontecimentos.