Uma das principais propostas em debate é a eliminação dos rebotes em cobranças de pênaltis. Se a sugestão for aprovada, uma penalidade mal-sucedida resultaria em tiro de meta para a equipe adversária, mesmo que o goleiro consiga desviar a bola. Essa mudança se assemelharia ao que ocorre nas disputas de pênaltis, onde a bola em jogo não oferece vantagem ao time que cobra.
A proposta foi defendida por Arsene Wenger, atual diretor de desenvolvimento global da FIFA, que argumenta que o rebote favorece desproporcionalmente a equipe atacante. De acordo com Wenger, essa mudança também minimizaria a importância das invasões à área no momento da cobrança, um fator que gera frequentemente controvérsias.
Além disso, há uma crescente adesão da cúpula da FIFA e do IFAB para expandir os poderes do VAR (sistema de arbitragem de vídeo). A intenção é que a tecnologia possa revisar além de gols e lances de impedimento, incluindo cartões amarelos, especialmente em casos de expulsão por acúmulo de cartões e escanteios mal marcados. Contudo, especialistas alertam para o risco de que isso atrase ainda mais a continuidade do jogo.
Historicamente, o IFAB se mostrava resistente a mudanças nas regras do futebol, mas, nos últimos anos, vem demonstrando um desejo de modernizar o esporte e torná-lo mais atraente. Durante a última Assembleia Geral em Belfast, na Irlanda do Norte, a entidade já havia concordado em implementar a regra dos oito segundos, que limita o tempo para a reposição da bola pelos goleiros, uma proposta centralizada pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino.
Recentemente, o IFAB também decidiu que devem ser repetidas cobranças de pênaltis em casos de dois toques do cobrador, uma medida que surgiu após eventos polêmicos nos últimos jogos, incluindo aqueles que tiveram grande impacto na Liga dos Campeões da Europa. Essas discussões e possíveis mudanças refletem a busca contínua por uma evolução no futebol, visando torná-lo mais dinâmico e justo.