A deposição do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, se enquadraria nos termos que poderiam levar à aplicação das sanções pela Fifa. Como resultado extremo, o Fluminense poderia até ser excluído do Mundial na Arábia Saudita, caso as punições fossem aplicadas.
No ofício enviado ao secretário-geral Alcini Rocha, a Conmebol ressaltou que a CBF é obrigada a gerir seus assuntos com independência e garantir que não haja interferência de terceiros em seus assuntos internos. A entidade também ressaltou que a norma abrange questões relacionadas ao futebol, incluindo sua governança, a eleição de representantes, períodos de gestão, períodos de reeleição e a tomada de decisões.
Por sua vez, a Fifa também alertou a CBF de que tomou conhecimento de que o acordo que levou à eleição de Ednaldo Rodrigues pode ser quebrado, o que poderia resultar em possíveis sanções de acordo com seu estatuto.
Diante desse cenário, a CBF se vê pressionada a lidar com a situação de forma a atender aos requisitos de autonomia e independência estabelecidos pelas entidades internacionais do futebol. Além disso, a possibilidade de sanções que afetariam diretamente as equipes brasileiras em competições importantes é motivo de preocupação para a entidade.
A questão levantada pela Fifa e pela Conmebol coloca em evidência a importância do cumprimento dos princípios de independência e autonomia por parte das entidades nacionais de futebol, bem como a necessidade de respeito aos acordos e normas estabelecidas pelas instâncias internacionais do esporte. A CBF agora terá que tomar medidas para evitar que a situação resulte em ações que prejudiquem o futebol brasileiro em competições de alto nível.