Naquele dia, a jovem caminhava tranquilamente rumo à casa de sua avó. No entanto, o encontro com Albino transformou o caminho familiar em um cenário de horror. Ela relembra o ataque com precisão assustadora: “Quando eu estava chegando perto da casa da minha avó, aí senti aquela pessoa vindo correndo. Quando olhei, [ele] já deu o primeiro tiro”. Apesar de ter sido alvejada quatro vezes, inclusive na cabeça, ela sobreviveu após um mês em coma no Hospital Geral do Estado. Sua recuperação milagrosa agora oferece um testemunho crucial no esforço para entender e condenar o criminoso.
Albino, ex-segurança penitenciário, usava táticas impiedosas para eliminar suas vítimas, seguindo-as antes de efetuar disparos certeiros, geralmente na cabeça. A arma do crime, uma pistola, era propriedade de seu pai, um militar aposentado, o que adiciona uma camada sombria à sua história. Até agora, Albino é formalmente acusado de dez homicídios, mas as autoridades investigam outros oito casos que podem aumentar seu macabro legado para 18 mortes. As vítimas, em sua maioria, são mulheres e jovens, um padrão que destaca sua crueldade intencional.
Os assassinatos ocorreram em estreita proximidade, nos bairros de Ponta Grossa, Levada e Vergel do Lago, regiões a menos de um quilômetro de sua residência. O cerco ao criminoso se consolidou com sua prisão em 17 de setembro, uma vitória para a Polícia Civil que iniciou a investigação após o assassinato brutal de Anna Beatriz. A jovem foi baleada enquanto saía de um jogo de futebol no Vergel, e embora tenha sido prontamente socorrida, não resistiu aos ferimentos. A prisão de Albino não encerra o sofrimento das famílias, mas oferece uma oportunidade de justiça para aqueles cujas vidas ele destruiu impiedosamente. A investigação continua, com esperanças renovadas de que cada vítima, inclusive as não documentadas, encontre paz.
