Clayberson Ferraz, presidente da Fetran, expressou suas preocupações em relação à segurança pública, ressaltando que a nova medida pode complicar ainda mais a questão para os consumidores, especialmente aqueles que não têm um bom entendimento das tecnologias utilizadas para a identificação veicular. Ferraz enfatiza que as fraudes veiculares podem se tornar mais comuns, colocando em risco os cidadãos que, em boa fé, podem adquirir automóveis que não têm a procedência adequada.
Bruno Alves, diretor jurídico da Fetran, também se manifestou. Ele alertou sobre a possibilidade de um crescimento no mercado ilegal de peças, como motores e chassis adulterados, uma situação que não apenas beneficia quadrilhas que operam nesse ramo, mas também acaba encarecendo os valores dos seguros automotivos para motoristas honestos. A Fetran tem sido ativa na tentativa de impedir a promulgação da lei, promovendo audiências em Brasília junto a órgãos do governo, incluindo o Ministério da Saúde, a Senatran e o Gabinete Civil da Presidência.
A expectativa da Federação é que o presidente utilize seu poder de veto para barrar a parte da legislação referente à vistoria obrigatória. Contudo, caso isso não ocorra, a nova norma entrará em vigor em 90 dias. A Fetran está ciente de que, nesse cenário, o Congresso poderá optar por manter ou rejeitar o veto, o que adiciona um novo capítulo a um debate repleto de implicações para a segurança, a legalidade e a ética no mercado de veículos no Brasil.