Festival de Cinema de Pilar Homenageia o Bagre, Símbolo Cultural de Alagoas, com Troféus Criados a Partir de Resíduos Sólidos do Artista Jackson Lima.



O Bagre do Pilar: Patrimônio e Arte no Festival de Cinema da Cidade

O bagre do Pilar, reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Alagoas desde 2021, se destaca não apenas como um símbolo da cultura local, mas também como um elemento essencial na vida cotidiana dos habitantes da região. Este peixe, que representa uma ligação profunda com a fé e as tradições da cidade, foi uma fonte de inspiração para o artista alagoano Jackson Lima. Ele é o responsável pela criação dos troféus que serão entregues aos cineastas participantes do Festival de Cinema de Pilar.

Com uma longa trajetória na escultura, Lima, que começou a trabalhar com arte aos 9 anos em Limoeiro de Anadia, transformou a ideia do bagre em uma obra significativa, utilizando resíduos sólidos para compor suas criações. Em suas palavras, “Nada se perde”, refletindo sua filosofia de que o lixo pode ser convertido em arte. Os troféus, que possuem base de ferro, trazem a imagem de um bagre alegre segurando uma câmera, simbolizando a curiosidade e a criatividade que o festival pretende celebrar.

Jackson atribui sua inspiração a uma experiência transcendente, que ocorreu em sua adolescência, e que o levou a ver beleza em materiais descartados. “Meu trabalho é um resgate”, afirma o artista, que busca representar suas vivências na natureza e no cotidiano de forma poética. Ele ressalta que sua arte é única, nascida de um processo interno, livre da influência de outros artistas.

O Festival de Cinema de Pilar ocorrerá entre os dias 29 a 31 de maio no Cine Pilarense, um importante espaço cultural que, desde 1924, se mantém como um marco na cidade. A abertura do evento contará com a presença de autoridades e diversas atividades culturais, como exibições de filmes e apresentações do grupo folclórico Boi do Canário.

Durante o festival, 14 curtas-metragens de Alagoas, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará serão exibidos, além de uma atividade direcionada ao público infantil e uma oficina de direção fotográfica voltada para estudantes locais. O evento é uma realização conjunta entre diversas instituições e é parte de um projeto financiado pela Política Nacional Aldir Blanc.

Assim, o Festival não só celebra a sétima arte, mas também a cultura viva do Pilar, unindo tradição e inovação em um só lugar.

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