Os filmes em exibição abordam temas universais, mas sempre com uma forte identidade nacional. Entre as produções, “Agreste”, dirigido por Sérgio Roizenblit, retrata uma história de amor proibido em meio à escassez hídrica no Nordeste, enquanto “Enquanto o céu não me espera”, de Christiane Garcia, discute os impactos das inundações na Amazonas, causados por mudanças climáticas, na vida de uma família de agricultores.
Além das exibições, o festival contempla debates com diretores e atores, promovendo um espaço para discussão sobre as obras apresentadas. Também estão programadas atividades paralelas, que incluem passeios guiados, workshops de dança e concertos, enriquecendo ainda mais a experiência dos participantes. Regina Nadaes Marques, diretora da Associação Vagaluna, organizadora do evento, afirmou que o Festival Agenda Brasil visa fortalecer o reconhecimento contínuo do cinema do país no cenário internacional, um esforço que ganha impulso com a atual situação de redescobrimento cultural.
O lema “Brasil presente!” simboliza esse esforço de reintegração no cenário cultural global, especialmente após os desafios enfrentados nos últimos anos. Na cerimônia de abertura, em 30 de outubro, o longa “Vitória”, dos diretores Andrucha Waddington e Breno Silveira, com a consagrada atriz Fernanda Montenegro, será o destaque. Premiações por júris especializados e votação do público garantirão uma interação dinâmica entre cineastas e espectadores.
Com um histórico de sucessos, o festival já conquistou um lugar de destaque no calendário cultural de Milão, atraindo cerca de 2 mil expectadores por edição, majoritariamente italianos, mas com um público crescente de brasileiros interessados em conhecer suas raízes cinematográficas. Para o futuro, há planos de expandir o evento para outras cidades italianas, como Turim e Roma, e eventualmente retornar a locais como Gênova, sempre buscando novas oportunidades para celebrar e divulgar a rica produção audiovisual do Brasil.
