O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou nesta quarta-feira (30) que o governo federal avalia leiloar a concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), atualmente operada pela VLI, como alternativa à renovação antecipada do contrato. A declaração foi dada durante entrevista a jornalistas na sede da B3, em São Paulo, após o leilão do corredor ferroviário Juiz de Fora–Rio de Janeiro.
“Pode ser leilão”, disse Renan Filho ao ser questionado sobre o futuro da FCA. Segundo ele, tanto a possibilidade de leilão quanto a renovação da atual concessão estão sendo analisadas de forma simultânea. O contrato vigente da FCA termina em agosto de 2026.
De acordo com o ministro, a renovação antecipada só será viável caso a atual concessionária, a VLI, ofereça contrapartidas mais vantajosas do que aquelas propostas por outras operadoras ferroviárias, como a Rumo, a MRS e a Vale. “A FCA só vai renovar se oferecer condições melhores. Por questões óbvias”, afirmou.
O atual processo de renovação prevê a extensão do contrato por mais 30 anos, com expectativa de R$ 29 bilhões em investimentos e outorgas. No entanto, a proposta tem sido alvo de resistência dentro do próprio governo, o que fortalece a possibilidade de um novo leilão.
Renan Filho defendeu a transparência e a competitividade de um eventual certame público: “Eu acho que não é ruim para o Brasil. Ao invés de renovar, podemos trazer o ativo para a Bolsa de Valores e verificar quanto vale de fato no mercado, ao invés de negociar diretamente com a empresa.”
A decisão sobre o destino da FCA será decisiva para o setor ferroviário, já que a malha é considerada estratégica por conectar regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste do país.
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