A greve está marcada para começar à meia-noite desta quarta-feira e a mobilização dos ferroviários visa também protestar contra o leilão das concessões das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, que está programado para acontecer na sexta-feira. O governo Tarcísio de Freitas planeja realizar o leilão na B3, onde todos os envolvidos estarão de olho nesse processo que pode impactar significativamente o transporte ferroviário na região.
As linhas 11, 12 e 13 ligam a região central da capital paulista à zona leste e a cidades como Mogi das Cruzes, Suzano e Guarulhos, atendendo um grande número de passageiros diariamente. O programa de privatizações proposto pelo governo é visto como uma forma de melhorar a qualidade do serviço ferroviário, mas os ferroviários argumentam que as mudanças propostas pela privatização podem resultar em problemas similares aos ocorridos em outras linhas que foram concedidas a empresas privadas.
O investimento previsto para as melhorias nas linhas é de R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos, com a promessa de diminuir os intervalos dos trens e realizar a construção e reforma de estações. No entanto, o histórico de concessões anteriores na CPTM gera preocupações entre os trabalhadores, que veem a greve como uma forma de lutar por seus direitos e garantir um serviço de qualidade para os passageiros. A mobilização dos ferroviários promete parar as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade por tempo indeterminado, impactando milhares de pessoas que dependem do transporte ferroviário na região metropolitana de São Paulo.