Além da paralisação, os ferroviários aprovaram a formação de uma comissão de negociação e a realização de um ato público na manhã do dia 25 de março, em frente à Bolsa de Valores (B3) de São Paulo. As linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade devem ser impactadas pela greve, que tem como principal argumento o temor de que a privatização transforme o sistema de transporte em algo semelhante às linhas 8 e 9, como afirmado pelo Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil.
Por outro lado, o governo de São Paulo defende que o contrato de concessão inclui melhorias na infraestrutura ferroviária, com a construção de oito novas estações e a reforma de outras 24 já existentes, totalizando um investimento de R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos. As linhas em questão ligam a região central da capital à zona leste e municípios como Mogi das Cruzes, Suzano e Guarulhos, com a promessa de diminuição no intervalo entre os trens.
Procurada pela reportagem, a CPTM não se manifestou sobre a decisão dos ferroviários. A greve e a resistência dos trabalhadores frente à privatização das linhas de trem devem gerar debates e reflexões sobre o futuro do transporte público na cidade de São Paulo.