Questionado se essa era a posição oficial do governo e se novas medidas seriam adotadas para conter a alta dos preços, Haddad optou por não responder de forma direta. Ele destacou que a queda do dólar e a expectativa de uma “supersafra” este ano contribuiriam para a redução dos preços dos alimentos.
Durante a entrevista à Rádio Cidade de Caruaru (PE), o ministro enfatizou que o governo continuaria adotando medidas para elevar o salário mínimo, corrigir a tabela do Imposto de Renda, reduzir o dólar e melhorar a produção agrícola como forma de combater os preços elevados.
A situação atual de aumento nos preços dos alimentos tem preocupado os brasileiros, com a inflação elevando os custos dos itens que chegam à mesa. O governo aposta na futura safra agrícola como principal estratégia para reverter esse cenário, descartando a implementação de medidas consideradas heterodoxas, como o tabelamento de preços.
Haddad ressaltou ainda que os preços dos alimentos se encontram abaixo do valor herdado por Lula do governo anterior, e destacou que todos os preços atualmente estão inferiores aos praticados na gestão anterior.
O ministro também atribuiu a perda do poder de compra da população à má administração dos governos anteriores e afirmou que não é possível corrigir sete anos de má gestão em apenas dois. Ele destacou que a gestão de Lula foi responsável por iniciar o processo de recuperação econômica do país, valorizando o salário mínimo e corrigindo a tabela do Imposto de Renda.
Em relação à declaração polêmica de Lula sobre os preços dos alimentos, Haddad reforçou a importância da consciência do consumidor em não adquirir itens considerados caros, como forma de pressionar os vendedores a reduzirem os preços. A declaração do presidente gerou críticas, especialmente nas redes sociais, e foi interpretada como um possível equívoco.
Dessa forma, a questão dos preços dos alimentos e as medidas adotadas pelo governo para contornar a alta inflacionária se mantêm como um ponto de atenção e debate na esfera política do país.