Fernando Haddad enfrenta críticas e defende política econômica durante palestra na USP em meio à alta do dólar

Na última sexta-feira (20/9), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi alvo de manifestações promovidas por dois grupos distintos de estudantes durante uma palestra realizada na Universidade de São Paulo (USP). De um lado, petistas ovacionaram o ministro, enquanto do outro, membros da União da Juventude Comunista (UJC) o compararam a “Paulo Guedes do PT”, em meio a críticas ao arcabouço fiscal do país.

Os integrantes da UJC expressaram descontentamento com a legislação que impõe limites de gastos públicos, alegando que isso impactou negativamente áreas como saúde e educação. Para esse grupo, o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é considerado subserviente ao setor privado.

Durante o evento, Haddad atribuiu a recente disparada do dólar frente ao real à disseminação de boatos sobre as contas públicas do governo federal, ressaltando a falta de informação como principal catalisador desses rumores. No mesmo dia, a moeda americana fechou em alta de 1,78%, encerrando uma sequência de sete quedas consecutivas e superando a marca dos R$ 5,50.

O ministro afirmou que a coletiva de imprensa adiada para a divulgação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas teria sido crucial para esclarecer os rumores infundados que circularam durante o dia. Ele garantiu que os dados do relatório são positivos e que tanto arrecadação quanto despesas estão em conformidade com as expectativas, dentro dos limites estabelecidos.

Haddad ressaltou a importância de aguardar a divulgação oficial das informações na segunda-feira (23/9), enfatizando que as notícias serão favoráveis. Apesar das tensões no ambiente universitário, o ministro demonstrou confiança na solidez da economia brasileira e na transparência do governo em relação às contas públicas.

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