A nutricionista e professora Márcia Xavier dos Santos, da Faculdade Santa Marcelina, destaca que essa fase tende a desregular a alimentação das crianças. O aumento no consumo de produtos menos saudáveis, como salgadinhos, refrigerantes e doces, pode resultar em desequilíbrios importantes na dieta. As férias, que em teoria deveriam ser um período de descanso e diversão, exigem atenção redobrada dos pais para que a alimentação dos filhos continue a ser balanceada e nutritiva.
Uma das principais preocupações é que o acesso fácil a esses alimentos não saudáveis leva as crianças a formar hábitos prejudiciais, os quais podem se estabelecer a longo prazo. Portanto, é fundamental que os cuidadores encontrem maneiras criativas e agradáveis de estimular uma alimentação mais saudável.
Uma sugestão é envolver as crianças no preparo das refeições. Incentivar a participação na cozinha não apenas torna a atividade mais divertida, mas também educa sobre a importância de uma nutrição equilibrada. Por exemplo, preparar lanches com frutas, iogurtes naturais e cereais pode ser uma excelente maneira de substituir opções menos saudáveis.
Outra estratégia eficaz é planejar as refeições com antecedência. Os pais podem preparar lanches saudáveis para levar em passeios, assim evitando a tentação de recorrer a alimentos ultraprocessados disponíveis em locais públicos.
Além disso, é recomendável limitar o tempo que as crianças passam em frente a telas, como TV e dispositivos eletrônicos, que muitas vezes são acompanhados por atos de comer fora das refeições. Isso pode ajudar não apenas a regular o apetite, mas também a promover atividades físicas e a socialização.
Em resumo, embora as férias escolares possam desestabilizar os hábitos alimentares das crianças, é possível proporcionar uma alimentação saudável através de planejamento, criatividade e educação. Com essas simples medidas, pais e responsáveis podem garantir que as férias também sejam um momento de aprendizado e bem-estar.