Feminicídio em Alagoas: Acusado de matar esposa pode ser primeiro condenado com base na nova lei, triplicando pena para até 40 anos de prisão.

Na última quarta-feira (9), um crime chocou a cidade de Marechal Deodoro em Alagoas. Um homem foi acusado de assassinar a própria esposa com facadas e marteladas. Esse crime pode se tornar um marco na história criminal do estado, pois o suspeito poderá ser o primeiro condenado com base na nova lei de feminicídio, sancionada recentemente e publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (10).

A nova legislação prevê uma pena mais rigorosa para crimes de feminicídio, com a possibilidade de até 40 anos de prisão, o dobro do que era estipulado anteriormente. A delegada Liana França, responsável pelo caso, afirmou que o suspeito será julgado conforme as diretrizes da nova lei, sendo este o primeiro caso no estado a ser enquadrado nessa norma. A lei, também conhecida como “Pacote Antifeminicídio”, amplia as penas para outros crimes relacionados à violência contra a mulher, como lesão corporal e injúria.

O acusado se entregou à polícia e confessou o crime. O corpo da vítima foi encontrado enrolado em lençóis na casa do casal, onde também foram apreendidas as armas utilizadas no crime, uma faca e um martelo. Além disso, o suspeito teria admitido envolvimento em outro homicídio em 2022, o que aumenta a gravidade da situação.

Esse caso serve como um alerta para a importância de políticas específicas para a proteção das mulheres e o combate à violência de gênero. A sociedade espera que a justiça seja feita e que o acusado seja condenado de acordo com a gravidade do crime cometido. A aplicação rigorosa da nova lei de feminicídio pode representar um avanço na garantia dos direitos das mulheres em Alagoas e no combate à impunidade em casos de violência doméstica.

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