Em entrevista à Motorsport Brasil, Massa afirmou esperar que a atual FIA e a FOM (Formula One Management) sejam diferentes da época do incidente. O piloto acredita que as duas entidades têm a oportunidade de reparar os erros do passado em benefício do esporte.
As declarações de Massa foram provocadas por discussões entre Toto Wolff, chefe da Mercedes, e Helmut Marko, dirigente da Red Bull. Wolff afirmou estar acompanhando o caso de Massa, pois uma decisão favorável ao piloto brasileiro poderia abrir precedentes para contestar o Grande Prêmio de Abu Dhabi de 2021, que deu o título a Max Verstappen. Por sua vez, Marko cutucou Lewis Hamilton, relembrando o título de 2008 conquistado por Massa.
Apesar das trocas de farpas entre os dirigentes, Massa acredita que as declarações deste final de semana são importantes para evidenciar a importância de sua luta na Justiça. O piloto se mostra confiante de que as pessoas na Fórmula 1 estão percebendo a seriedade e a importância de seu caso.
O escândalo do ‘Crashgate’ ocorreu durante o Grande Prêmio de Cingapura em 2008 e envolveu figuras importantes da Fórmula 1. Flavio Briatore, chefe da Renault, coagiu Nelsinho Piquet a bater propositalmente o carro, causando um acidente que beneficiou seu companheiro Fernando Alonso. Esse incidente foi decisivo para o título daquele ano, já que Massa perdeu sua posição de liderança devido a um incidente com sua equipe nos boxes.
Buscando justiça, o piloto brasileiro afirma que luta por seu sonho de criança e pelo título que representaria não apenas ele, mas toda uma nação e os fãs fervorosos da Ferrari. Massa ressalta que a luta é pessoal e envolve sua família, motivo pelo qual contam com os melhores profissionais ao seu lado.
Com estas declarações, Felipe Massa reforça sua determinação em buscar o reconhecimento do título mundial de 2008 e coloca em pauta mais uma vez o escândalo do ‘Crashgate’ e suas consequências para a Fórmula 1. Resta aguardar os desdobramentos desse caso e ver se a justiça será feita para o piloto brasileiro.