Fed deve manter corte de juros em 0,25% enquanto incertezas sobre eleição dos EUA se intensificam



Na próxima semana, a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) deverá anunciar uma redução de 0,25% na sua taxa básica de juros, uma decisão que se mantém em meio a um ambiente de incerteza econômica e expectativas políticas. A nova taxa provavelmente será revelada dois dias após a eleição presidencial, quando o resultado ainda será desconhecido. A decisão de manter a trajetória de cortes é apoiada por dados que indicam um crescimento estável na economia americana e uma redução na inflação, que se tem mostrado como uma questão crucial nas últimas reuniões do comitê.

De acordo com os últimos relatórios econômicos, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA subiu 2,8% em uma base anualizada no terceiro trimestre, um crescimento um pouco abaixo do registrado anteriormente, mas ainda robusto. Economistas destacam que, apesar de uma desaceleração nos ganhos de emprego em outubro, as expectativas para a recuperação do mercado de trabalho permanecem positivas, afastando temores de uma recessão profunda.

O Federal Reserve tem trabalhado para encontrar um equilíbrio nas taxas de juros, visando não apenas não inibir o crescimento econômico, mas também evitar uma nova expansão inflacionária. O objetivo de longo prazo da instituição é manter a inflação em torno de 2%, um desafio que, segundo especialistas, pode ser enfrentado sem grandes perdas de emprego.

Entretanto, a agenda do Fed não pode ser dissociada do contexto político que está prestes a se desenrolar. As plataformas econômicas contrastantes dos candidatos à presidência — Donald Trump e Kamala Harris — podem impactar significativamente as projeções de crescimento e a inflação futura. Trump, em sua candidatura, propõe uma abordagem mais protecionista, com uma possível interferência nas políticas do Fed, incluindo a implementação de tarifas e uma redução nos impostos para empresas. Já Harris tem uma proposta voltada para expandir a rede de segurança social e aumentar a tributação sobre os mais ricos, preservando a autonomia do Fed.

As análises iniciais sugerem que a proposta de Trump poderia resultar em um cenário inflacionário mais pronunciado, ao passo que a abordagem de Harris seria considerada menos prejudicial ao crescimento. Assim, o cenário econômico dos EUA nos próximos meses dependerá não apenas das decisões do Fed, mas também do rumo que a política americana tomar após a eleição. Com as expectativas dos investidores em alta, a próxima reunião do Fed promete ser um dos pontos de maior atenção na agenda econômica nacional.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo