FBI Confirma que Trump Foi Atingido por Bala em Comício na Pensilvânia



Quase duas semanas após a tentativa de assassinato do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o FBI confirmou nesta sexta-feira, 26, que foi de fato uma bala que atingiu o candidato republicano. O esclarecimento veio após relatos conflitantes sobre o que causou os ferimentos em sua orelha durante um comício na Pensilvânia, onde um atirador abriu fogo.

Em um comunicado oficial, a agência federal especificou: “O que atingiu o ex-presidente Trump na orelha foi uma bala, inteira ou fragmentada em pedaços menores, disparada do rifle do sujeito falecido”. Essa declaração representa a informação mais clara dada até o momento pelas autoridades sobre os ferimentos de Trump, após declarações ambíguas do diretor do FBI, Christopher Wray, no início da semana. Tais comentários sugeriram dúvidas sobre se Trump realmente havia sido atingido por uma bala, o que gerou insatisfação entre Trump e seus aliados, além de alimentar teorias da conspiração de ambos os lados do espectro político.

Os agentes federais, incluindo o FBI e o Serviço Secreto, inicialmente se recusaram a divulgar informações precisas sobre o ferimento de Trump. Além disso, a campanha do ex-presidente também optou por não liberar os registros médicos do hospital onde ele foi tratado ou disponibilizar os médicos para declarações. As atualizações sobre seu estado de saúde vieram do próprio Trump ou de Ronny Jackson, ex-médico da Casa Branca e atualmente representante do Texas no Congresso. Jackson enfrentou considerável escrutínio, uma vez que, apesar de tratar Trump desde a noite do ataque, ele não é o principal médico do ex-presidente.

Esse episódio aumentou a tensão entre Trump e o FBI, uma agência sobre a qual ele poderia retomar o controle caso seja eleito novamente. A relutância inicial do FBI em apoiar a versão dos eventos fornecida por Trump foi recebida com desconfiança por parte de seus apoiadores.

As dúvidas sobre a natureza e a extensão do ferimento de Trump começaram imediatamente após o ataque, quando tanto sua campanha quanto autoridades evitaram responder perguntas detalhadas sobre sua condição ou o tratamento médico recebido. Essas dúvidas persistiram apesar das fotos que mostravam um projétil passando pela cabeça de Trump, além do próprio testemunho do ex-presidente, que postou no Truth Social logo após o tiroteio, mencionando ter sido “atingido por uma bala que perfurou a parte superior de sua orelha direita”.

Dias após o ocorrido, durante um discurso na Convenção Nacional Republicana em Milwaukee, Trump descreveu a aterrorizante experiência detalhadamente, enquanto usava um grande curativo de gaze na orelha direita. Ele relatou ter ouvido um “som alto de zumbido” e sentido algo atingindo sua orelha com muita força. Trump afirmou que, se não tivesse movido a cabeça no último instante, a bala teria acertado seu alvo e ele não estaria presente naquele evento.

A confirmação inicial do ferimento veio através de uma carta divulgada por Ronny Jackson, uma semana após o tiroteio, detalhando que a bala produziu uma ferida de 2 centímetros que se estendia até a superfície cartilaginosa da orelha de Trump. Apesar disso, agentes federais hesitaram em corroborar essa narrativa, o que levou a declarações contraditórias e mais questionamentos.

Finalmente, o FBI tentou pôr fim às especulações, destacando que o tiroteio foi uma tentativa de assassinato que resultou no ferimento de Trump e na morte de um pai heroico, além de ferir outras vítimas. A agência continua a examinar fragmentos de bala e outras evidências do local.

Em resposta, Trump criticou publicamente Wray e defendeu que o ferimento foi causado por uma bala. Ele reiterou a falta de vidro ou estilhaços envolvidos no incidente e lamentou os comentários do diretor do FBI como prejudiciais para a confiança pública na agência. Trump, que nomeou Wray em 2017, manteve um relacionamento tumultuado com o diretor, especialmente após eventos como a busca do FBI em sua propriedade Mar-a-Lago na Flórida.

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