Um exemplo dessa mudança de comportamento é a história da professora Danieli Silveira, que conseguiu sair da situação de endividamento. Para conquistar essa estabilidade financeira, ela precisou reduzir seus gastos, evitar parcelamentos e optar por compras à vista. Segundo a docente, esse controle foi fundamental para manter suas dívidas sob controle e para evitar passar novamente por dificuldades financeiras.
No entanto, nem todos os casos têm um final tão positivo. O técnico em logística, Cesar (nome fictício), enfrentou um cenário desafiador de endividamento devido ao afastamento de sua companheira do trabalho para tratar um câncer. Com as contas comprometidas e dívidas se acumulando, ele precisou recorrer ao Procon para renegociar juros e obter condições de pagamento mais favoráveis.
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) também revelou que, em janeiro, 29,1% das famílias possuem dívidas em atraso e 12,7% não têm condições de pagá-las. Esses indicadores apresentaram uma queda em relação aos meses anteriores, apontando para uma maior preocupação dos consumidores em manter suas finanças equilibradas.
No entanto, apesar dessa melhoria nos índices de endividamento e inadimplência, a CNC estima que o endividamento das famílias tende a aumentar ao longo deste ano, podendo atingir 77,5% das famílias brasileiras até o final do ano, com 29,8% considerados inadimplentes. Portanto, a conscientização sobre a importância do controle financeiro e dos gastos continuará sendo essencial para garantir a estabilidade econômica das famílias no futuro.