Famílias contestam versão da PM sobre a morte de adolescentes em Colônia Leopoldina: “Não eram criminosos”, afirmam parentes.

No último domingo (13), um triste episódio chocou a cidade de Colônia Leopoldina, em Alagoas, com a morte de dois adolescentes, Jonatas Nascimento, de 15 anos, e Wallisson de Lima, de 16 anos, durante uma perseguição policial. A versão apresentada pela Polícia Militar (PM) de que os jovens eram suspeitos de tentativa de assalto e teriam atirado contra os policiais está sendo contestada veementemente pelos familiares das vítimas.

Segundo Silvana Nascimento, mãe de Jonatas, os adolescentes estavam apenas retornando para casa após distribuir doces para crianças e ficaram assustados ao serem abordados pelos policiais. Eles estavam em uma moto emprestada com o escapamento danificado, o que causava um barulho que poderia ter sido confundido com tiros. As famílias afirmam que os jovens não tinham envolvimento com crimes e eram trabalhadores, atuando no corte de cana.

Cícero José da Silva e Ledriana Lima, pais de Wallisson, também negam que seus filhos estivessem armados e exigem justiça diante da tragédia. O 14º Batalhão da PM alega que agiu após denúncias de populares sobre suspeitos em uma moto preta tentando cometer assaltos. Os policiais teriam dado ordem de parada, mas os adolescentes teriam fugido e atirado, o que resultou em uma troca de tiros fatal para os jovens.

A Polícia Civil assumiu a investigação do caso e apreendeu dois revólveres calibre 38 no local da ocorrência. A comunidade local está dividida entre apoiar a versão da polícia e acreditar na inocência dos adolescentes, enquanto as famílias lutam por justiça e por uma investigação imparcial para esclarecer os fatos e trazer paz aos corações dilacerados pela perda prematura de Jonatas e Wallisson.

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