Ronaldo, um dedicado representante de vendas, era paulista de Mogi das Cruzes, porém, há uma década residia no bairro da Jatiúca, em Maceió. Ele deixou um filho adolescente, de apenas 15 anos, que agora enfrenta a dolorosa realidade de seguir a vida sem a presença do pai.
O velório de Ronaldo teve início às 10h, na capela 6 do cemitério Memorial Parque, localizado no Benedito Bentes, na parte alta da capital alagoana. Às 13h, foi realizada uma cerimônia de despedida, restrita a familiares e amigos próximos, que culminou com a cremação do corpo, um momento marcado por lágrimas e homenagens.
Reginaldo Cordeiro, sócio e amigo próximo de Ronaldo, fez questão de lembrar com carinho dos momentos compartilhados e dos planos que ambos tinham para o futuro. Juntos, os dois mantinham uma empresa especializada na venda de produtos para jardinagem. Com a voz embargada pela emoção, Reginaldo destacou a meticulosidade de Ronaldo e a lacuna que ele deixa. “A perda será muito sentida, uma lacuna grande, pois tudo o que acontecia era dividido entre nós. Nos últimos dois anos, dividimos tudo. Agora, precisamos concluir os projetos que havíamos planejado; ele era muito metódico”, afirmou.
Fábio Cavaliere, irmão de Ronaldo, também prestou sua homenagem, ressaltando a intensidade com que ele vivia e a grandeza de seu coração. “Ele foi uma pessoa que viveu 43 anos como se fossem 200 por causa da intensidade. Ele tinha um coração maior que ele mesmo. As lembranças são só boas”, declarou, destacando as inúmeras memórias positivas que Ronaldo deixou.
Ronaldo estava a trabalho em Cascavel, no Paraná, participando de uma convenção da empresa em que atuava. O acidente que tirou sua vida e de outros oito colegas de trabalho da mesma empresa envolveu uma aeronave da companhia VoePass (anteriormente conhecida como Passaredo). O voo decolou de Cascavel às 11h58 do fatídico dia 9, com destino ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, porém, nunca chegou a seu destino final.
A despedida de Ronaldo Cavaliere reflete a saudade e o vazio deixados não só entre seus entes queridos, mas também na comunidade de Maceió, onde ele viveu e trabalhou pelos últimos 10 anos de sua vida. O trágico acidente aéreo ainda reverbera com força na memória daqueles que perderam seus entes queridos, sendo um lembrete doloroso da fragilidade da vida.