Familiares de Assad presos no aeroporto de Beirute ao tentarem fugir com passaportes falsos, autoridades judiciais libanesas confirmam.



Familiares de Assad são presos ao tentarem sair do Líbano

A instabilidade política na Síria continua a impactar a vida da família do ex-ditador Bashar al-Assad. Nessa sexta-feira, a esposa e a filha de um dos primos de Assad foram presas no aeroporto de Beirute, capital do Líbano, enquanto tentavam viajar com passaportes supostamente falsos. As informações foram confirmadas por autoridades judiciais e de segurança libanesas.

Rasha Khazem, esposa de Duraid Assad, filho do ex-vice-presidente sírio Rifaat al-Assad, tio de Bashar al-Assad, e sua filha, Shams, foram introduzidas ilegalmente no Líbano e tentavam embarcar para o Egito quando foram detidas pela Segurança Geral libanesa. O tio de Assad havia partido no dia anterior utilizando seu passaporte verdadeiro e não foi detido.

Rifaat al-Assad, irmão do falecido pai de Bashar al-Assad, Hafez al-Assad, liderou uma unidade de artilharia que bombardeou a cidade de Hama nas décadas de 1980, resultando na morte de milhares de pessoas e lhe rendendo o apelido de “o carniceiro de Hama”. Em março deste ano, promotores federais suíços acusaram Rifaat de crimes de guerra e crimes contra a humanidade por supostamente ordenar assassinatos e torturas.

A situação na Síria se agravou com a queda da ditadura de Assad no início de dezembro, levando à ascensão de rebeldes do grupo HTS ao poder. Dezenas de milhares de sírios entraram ilegalmente no Líbano após a queda de Assad, resultando na prisão de mais de 20 membros da infame 4ª Divisão do exército sírio, oficiais de inteligência militar e outras pessoas afiliadas às forças de segurança de Assad.

Além disso, a Procuradoria-Geral do Líbano recebeu uma notificação da Interpol solicitando a prisão de Jamil al-Hassan, ex-diretor de inteligência síria do governo de Assad. As autoridades libanesas garantiram que irão cooperar com o pedido da Interpol para prender al-Hassan. A instabilidade na região continua a gerar repercussões significativas, afetando não apenas a família Assad, mas também outras figuras ligadas ao regime deposto.

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