O policial esteve detido por menos de duas semanas no final de agosto, mas foi solto após decisão de um desembargador, que alegou falta de fundamentos sólidos para a prisão preventiva. Em um novo pedido de prisão, apresentado pelos advogados da família, é mencionado que a testemunha, um colega de trabalho de Guilherme, estava sob pressão durante seu primeiro depoimento. Ele teria assinado um documento para se liberar, mas, no segundo depoimento, contradisse a versão do policial, afirmando que não havia qualquer tentativa de roubo no local e que não observou nenhuma movimentação suspeita antes do disparo.
Espere-se que a pressão sobre a testemunha tenha gerado um clima de temor, a ponto de ela ser demitida por justa causa e ter que mudar de residência, conforme relatado pelos advogados. Eles argumentam que a liberdade do policial representa um risco claro à integridade da testemunha e compromete a coleta de provas.
O promotor de Justiça, em sua denúncia, enfatiza que a ação do policial militar foi desproporcional e desleal, disparando contra uma pessoa inocente que apenas retornava do trabalho. Ele ainda apontou que o PM atirou três vezes, colocando em risco outras pessoas que passavam pela via. A sociedade observa com expectativa o desdobramento desse caso, que reflete sobre a complexa relação entre as forças de segurança e a comunidade, especialmente em um contexto onde a violência policial é frequentemente questionada.
Esse episódio levanta questões cruciais sobre a segurança pública, a necessidade de uma resposta adequada às situações de risco e a proteção dos cidadãos. O anseio por justiça da família de Guilherme reflete um clamor mais amplo por responsabilização e transparência nas ações policiais, que são cruciais para recuperar a confiança da população nas instituições.