Os familiares de Leonardo estão em choque e indignados com a violência que ceifou a vida do rapaz. O pai de Leonardo, Aurélio Nunes, acredita que seu filho tenha sido vítima de um crime de ódio por ser gay. Em um Mundo onde o ódio é direcionado para pessoas negras, pobres e LGBTQIA+, Leonardo se tornou mais uma vítima dessa realidade cruel.
Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Civil, Leonardo teria saído de casa por volta das 23 horas do dia 12 para encontrar um homem com quem conversou no aplicativo de relacionamento. O rapaz fez questão de compartilhar sua localização com um amigo e informou que pretendia retornar até as 2 horas da manhã. No entanto, ao não retornar no horário combinado e sem dar notícias, os amigos iniciaram uma busca desesperada e descobriram que o perfil do homem com quem Leonardo se encontraria havia sido removido do aplicativo.
O desaparecimento de Leonardo foi registrado na 5ª Delegacia de Pessoas Desaparecidas do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Após uma busca intensa, os amigos foram informados de que um rapaz ferido por tiros havia dado entrada no Hospital Ipiranga, onde acabou falecendo. As autoridades puderam confirmar que se tratava de Leonardo através de fotos, já que o rapaz estava sem documentos e sem celular, possivelmente roubados pelo autor do crime.
O enterro de Leonardo foi marcado por emoção e clamores por justiça. Amigos e familiares lembraram o jovem como uma pessoa amável e cheia de sonhos, que foi vítima de uma violência injustificável. A mãe do rapaz, Adriana Nunes, usou suas redes sociais para expressar sua dor e pedir por justiça pela morte do filho.
O caso está sob investigação da Polícia Civil, que aguarda laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal para esclarecer as circunstâncias do crime. Enquanto isso, a comunidade LGBTQIA+ de São Paulo se une em solidariedade à família de Leonardo e clama por medidas efetivas para combater o ódio e a violência baseados na orientação sexual e na identidade de gênero.