Família de Gabriel Lincoln promove caminhada por justiça após morte em abordagem policial em Palmeira dos Índios



O caso do adolescente Gabriel Lincoln, que foi fatalmente atingido durante uma abordagem policial em Palmeira dos Índios, continua a gerar um debate intenso na comunidade local. Neste sábado, familiares e amigos do jovem se unirão em uma caminhada em sua memória, começando na pizzaria onde Gabriel costumava estar e seguindo em direção à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O ato está agendado para as 7h da manhã e tem como lema “Vamos gritar o que Gabriel não pode gritar”.

Essa mobilização busca chamar a atenção da população e das autoridades para as circunstâncias que cercam a morte de Gabriel, um ocorrido que ainda suscita diversas controvérsias. As imagens de câmeras de segurança que capturaram o momento da abordagem policial levantaram questionamentos sobre a atuação dos policiais militares e a sequência de eventos que culminaram no tiro que ceifou a vida do adolescente.

O clima na cidade é de crescente indignação, com a comunidade exigindo que a Polícia Militar ofereça explicações mais claras sobre a ação que resultou na morte de Gabriel. A família do jovem refuta a versão oficial, que sustenta que ele teria reagido à abordagem. Testemunhas, no entanto, contrariam essa narrativa, gerando uma onda de desconfiança em relação à conduta dos agentes envolvidos.

As investigações estão sendo conduzidas pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Ministério Público de Alagoas, enquanto os policiais implicados foram afastados de suas funções nas ruas até que a apuração esteja concluída. A população de Palmeira dos Índios aguarda ansiosamente por respostas e clama por justiça, evidenciando um desejo coletivo por maior transparência e responsabilidade no exercício da força policial.

Neste contexto, a caminhada de hoje não é apenas uma homenagem a Gabriel, mas também uma demanda por mudanças e garantias de que tragédias como essa não se repitam. A mobilização serve como um alerta para a necessidade de um diálogo aberto entre a sociedade e as instituições de segurança pública, enfatizando a urgência de se tratar as vidas humanas com respeito e dignidade.

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